As pernas trêmulas, a garganta seca, o olhar vidrado e um frio que corrói por dentro, todo mundo já sentiu medo!
É definido pelos dicionários como sendo um estado afetivo suscitado pela consciência do perigo ou que, ao contrário, suscita essa consciência.
Medo é um estado emocional que surge em resposta a consciência perante uma situação de eventual perigo. Percebemos que algo pode acontecer de errado, logo vem o medo.
A ideia de que algo ou alguma coisa possa ameaçar a segurança ou a vida de alguém, não tenha dúvida, o cérebro ativa, involuntariamente, uma série de compostos químicos que provocam reações que caracterizam o medo.
Se o medo é sentido quando estamos em perigo ou quando percebemos que algo está para acontecer, por que alguns sentem medos de algo seguro?
O perigo controlado, por exemplo!
Diversas pessoas amam parques de diversão, andam em brinquedos sem o menor receio, mas alguns não possuem a mesma coragem.
Para Napolen Hill o medo surge quando a idade do discernimento chega, ou seja, quando a idade da inocência se vai.
Contudo, muitos dos medos não são tão racionais assim:
Pessoas que têm medo de gatos, de borboletas, de ficar sozinhas, de sair de casa, por exemplo.
Não existe um perigo evidente em uma borboleta, não existem estatísticas que provem que é perigoso estar próximo a uma.
Quem vai dizer qual medo se deve ter? Afinal, cada um sabe o que lhe causa pânico!
No entanto, existem 5 medos que parecem afetar a toda humanidade.
Seria prudente dizer que tais medos são universais?
Para uns são de proporções aterrorizantes, para outros nem tanto, mas, parece que estes medos, em graus diferentes assolam a humanidade como um todo.
Eu aconselho que prossiga a leitura, mesmo que seja um campo desconhecido por você
É justamente deste medo que iremos tratar:
Quando você vai viajar para um cidade desconhecida, faz buscas de cada detalhe? Prevê cada situação? Arrisca o mínimo possível e segue profundamente o plano previsto?
Ou, simplesmente não vai, não sai de casa?
Quando vai conhecer alguém, existe um frio gostoso na barriga, ou é gelo dos pés a cabeça?
Um novo emprego, você aceita?
Ter medo do desconhecido é certo que tira muitas oportunidades. A, tão aclamada, zona de conforto, só existe porque existe o medo de experimentar, de tentar e de arriscar mais!
Um dos medos mais comuns e mais catastróficos, pois por medo muitos se mantêm casados, por medo muitos não buscam novas oportunidades e por medo não nos aventuramos e nem experimentamos prazeres que só existem depois da linha do “nunca farei”, aquela linha que com medo mesmo você vai!
Não seria o medo do desconhecido um sabotador? Um fenômeno que só serve para nos punir?
Imagine que vantajoso seria, conhecendo o caminho que lhe trouxe até aqui, experimentar um caminho novo, uma vez que você conhece bem o caminho que lhe trouxe até aqui, não gostando do novo, basta voltar! Não é mesmo? Claro que nem tudo é tão simples assim:
E se eu for e não gostar? E se, quando eu voltar, não existir mais? E se eu perder?
Entramos no segundo medo da humanidade! Perder é algo assustador mesmo! Passamos milhares de anos acumulando coisas para nossa sobrevivência! Mesmo com os supermercados próximos, mesmo com compras on-line, fazemos estoque por puro medo de ficar sem.
A pandemia do covid fez multidões acumularem papel higiênico.
As pessoas temem perder seus bens, seus amores e até mesmo seus valores! O medo do desconhecido só é rompido, quando o medo de perder algo se aproxima! Por medo de perder algo, enfrentamos o desconhecido e ainda bravejamos com isto.
Já o medo de perder, faz com que nunca tentemos ganhar mais, conquistar novos ou descartar os velhos, mesmo que os velhos sirvam bem para outro – como dizem: Lixo de uns, Luxo de outros – O desapego é revigorante, abre espaço para algo novo, algo em teste, algo que ainda não definimos se vale ou não o tempo investido. Algo é certo, alguns caminhos só existem porque nos perdemos!
Perder algo, ou alguém, causou guerras, fez nações inteiras se afundarem no orgulho de um ferido, ceifa preciosas vidas e não existe quase nada maior do que o sentimento de perda. Perder uma promoção, jamais! Viva a sociedade consumista.
O medo de perder só não é maior do que o da rejeição.
Uma pessoa rejeitada é capaz de tirar a vida quem se ama e a sua própria, o feminicídio nunca esteve em tanta evidência.
Cantava a Elza Soares: ” O ciúme dói nos cotovelos, na raiz dos cabelos, gela a sola dos pés. Faz os músculos ficarem moles e o estômago vão e sem fome. Dói da flor da pele ao pó do osso, rói do cóccix até o pescoço. Acende uma luz branca em seu umbigo. Você ama o inimigo e se torna inimigo do amor!”
O ciúme não se dá pela rejeição? Ou pelo medo dela?
Ciúme é apenas um nome diferente para a frase : Medo de ser trocado(a), medo de ser rejeitado(a).
A rejeição é causa de abandono de escola, de solidão e sofrimento.
Não tem receita que salve dos medos, ainda mais se for um medo mortal!
Pois justamente este é o mais temido, o mais chocante, o inominável momento da morte.
Seria o pior dos medos pela simples razão de ser a somatória do medo do desconhecido, uma vez que ninguém sabe o que de fato vai acontecer, medo da perda, pois não deve existir nada mais valioso pra se perder do que a vida – Vão-se os dedos e ficam-se os anéis – somado ao medo da rejeição, ou do esquecimento. Não ser lembrando, ser esquecido(a), rejeitado(a).
O medo da morte é maior, sem dúvidas, ele é a soma do que pior pode nos acontecer!
Peraí, não! Estou enganado!
O medo maior de todos, é o medo de falar em público! Pelos Céus: É possível sentir mais medo de se falar em público do que morrer? É de compreensão fácil, tamanha insanidade?
Estatísticas não mentem, os estudos comprovam que ter medo de falar em público é o maior medo da humanidade, superando até mesmo o medo da morte.
Falar em público não pode ser maior do que o medo de morrer, então na próxima vez que aparecer a oportunidade de falar em público, não procrastine! Coloque-se no lugar de liderança e fale. Não existe nada que os outros admiram mais do que quando alguém tem a coragem de fazer algo que tememos mais que tudo. Morrer não é uma opção, mas falar em público é!
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